O Sistema de Alerta Rápido sobre Drogas (SAR) registrou pela primeira vez no Brasil a circulação de três substâncias até então inéditas no país. Duas delas foram detectadas em um produto importado, conhecido como Magic Mushroom Gummies, já identificado em outros lugares como Chile e Canadá. A terceira, um opioide sintético da classe dos nitazenos chamado N-pirrolidino protonitazeno, foi encontrada após o exame de um paciente em Campinas. A identificação rápida permitiu que as substâncias fossem incluídas nos controles nacionais em apenas 19 dias, demonstrando a agilidade do sistema.

Criado para monitorar o surgimento de novas drogas e adulterações, o SAR integra o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas e é gerenciado pela Senad, vinculada ao Ministério da Justiça. Além de mapear substâncias inéditas, o sistema acompanha tendências de consumo, orienta políticas públicas e prepara serviços de saúde para lidar com possíveis casos de intoxicação. Autoridades destacam que a ferramenta fortalece tanto a prevenção quanto o enfrentamento aos mercados ilegais.

Atualmente, qualquer pessoa pode colaborar enviando notificações para o SAR, que são analisadas por um comitê técnico. A Senad prepara uma nova plataforma com formulários padronizados para agilizar esses registros. Também está em andamento a criação de uma rede regional de cooperação com Argentina, Paraguai e Chile, que deve permitir trocas de alertas fronteiriços em tempo ainda menor, ampliando a proteção diante de novas ameaças ligadas às drogas.

Data de publicação: 11/09/2025